Todo escritor tem um pouco de enganador!

Apropria-se das letras,
Deixando-as a sua vontade,

E sem nenhum pudor,
Age com muita propriedade,
Para que as palavras,
Ganhem vivacidade,
Por isso entrega-se ao texto,
Extrapolando-se, Oh dito autor!
Que é subserviente,
E se diz o escritor,
Mas é aquele que empresta o tempo e o corpo,
Porque acha que tem talento,
Entretanto quem faz estas tessituras,
É a alma!
Em seu constante inacabamento!