Perdão

Quantas estações sucedem

Na intimidade a dois?

Nem querendo, ou podendo diria

Se ainda aguardo esse depois.

Ando perdido no tempo.

Como folha seca no ar.

Em tardes tristes de dezembro.

Em noites frias de luar.

Tudo desfila a minha frente.

Como lembrança de passado.

Isso é passado no presente.

E ansiosamente, observo calado.

Não sei quando me perdi.

Nem quanto tempo pedi

Pra que pudesse me encontrar.

Mas hoje eu sei, não estou aqui.

Não sei se vou voltar.

Entre suspiros e embalos

E as tempestades de amar

O teu carinho foi meu barco

O teu amor o alto-mar.

Cheguei a um porto distante.

Velejei até cansar.

Não sei bem onde cheguei.

Mas não pude te encontrar.

Me perdoa por qualquer coisa.

Das mil coisas que te dei.

Talvez em alguma não deixei claro

O quanto te amei.

Mas se não disse antes, coração.

É porque teu amor não me pertence.

Tenho medo desse sentimento grande.

Que Deus sabe que me vence.

Mas se me faço entender.

Essa hora é de nós dois.

Queria muito ser,

O que você sempre sonhou.

Olhe as estrelas, e lembre.

O barco do ontem que você abandonou.

Navego ainda, no passado.

Me perdoa amor, o hoje pra mim

Nunca mais chegou...

Glauco Medeiros
Enviado por Glauco Medeiros em 15/07/2016
Código do texto: T5699061
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