Mãos atadas. ( Soneto )

Vejo pela fresta da porta fechada.

Uma sociedade vil e corrompida.

Desfigurada e de virtude despida.

Sendo pelo vício a conduta ceifada.

Ouço o estopim de fuzil na estrada.

Sujeito-me a viver presa e sofrida.

Enjaulada em gaiola mal esculpida.

Vendo no jornal infância roubada.

A imprensa, mães e lágimas, retrata.

Homens e mulheres enclausurados

Enfim, a população com mãos atadas.

A vida que visto a ninguém destrata.

Mas vejo pais e filhos atormentados.

Suspiro...Tive minhas asas cortadas.

Deusa Orquídea.

Deusa Orquídea
Enviado por Deusa Orquídea em 01/07/2016
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