Fragmentos de mim

Toco meu corpo em busca da unidade.
Encontro-me despedaçado,
mórbido, sangrando
extraviado.
Perplexo por ser assim
tão pueril, tão intimista,
busco sentido nas partes
enquanto o todo se desfaz.
Não me engano com tanta desgraça.
Sei daquilo que me refaz.
Fecho os olhos e imagino o todo,
o louco, o gozo do oposto
e desperto do pesadelo criminal.
Era sono profundo
amparado no inconsciente.
No espelho percebo minha unidade;
frágil, afável, inconsequente.
Tentativa frustrada de ser
Mas nisso, consciente.