Sem trinco

Não havia tranca nem chave

Nem trinco e nem fechadura

Sequer uma maçaneta torta

Que impedissem de entrar

Mas se detinham na porta

Como temendo encontrar

O mais feroz animal

O que não morde e nem rosna

Quando finca o seu olhar

Triste engano, não tem o pelo eriçado

Nem tem enorme o tamanho

Que nos pudesse assustar

Teme-se o que não se sabe

O que se desconhece

Como se saltando para cima

Fosse nos despedaçar

Assim se vive uma vida

Com temores ou ousadias

Sem despertar essa força

A que nos pode salvar.

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 01/06/2016
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