MALDITA HERANÇA
Não importa se a vítima esteja na escola, na festa, em casa na igreja, no parque ...
Se sua roupa é curta, longa, justa ou folgada.
Se o batom é vermelho, rosa, lilás... Ou até esteja sem.
Não importa se o cabelo é curto, longo, loiro, preto, ruivo, azul, lilás, Liso crespo ou enrolado.
Se sua pele é negra, branca, parda...
Se a estatura é baixa, alta ou mediana.
Se é magra, gorda ou sarada.
Se é tatuada ou não.
Se sua linguagem é formal ou informal.
A verdade é que o mal contra as mulheres acontece independentemente de cor, credo ou religião e tem passado de geração a geração.
Chorar apenas de nada adiantará, é necessário acabar com essa maldita herança de que a vítima sempre é a culpada pelos erros de verdadeiros monstros, destruidores de esperança.
É preciso acordar! Nossa voz deve ecoar e transpassar as barreiras dessa imensa ignorância.
A sensação de impotência é que é mais triste, de querer fazer algo e não poder, por culpa de uma sociedade que nos acorrenta com seu machismo engessado acompanhado de discursos mascarado e dissimulados.
Mas a luta continuará enquanto tudo isso não mudar.
Juntas somos a maioria e jamais estaremos sozinhas, pois a dor é compartilhada a cada segundo que uma de nós é assediada, tripudiada, desencorajada, maltratada, estuprada ou de qualquer outra forma desrespeitada!