MEGALÓPOLES

Tudo que se pode ver numa grande cidade,

É a balbúrdia da ilusão, camuflando a realidade.

Os loucóides cidadãos, forasteiros ou nativos,

Meio loucos, meio sãos, subsistem sem objetivos.

As conversas corriqueiras: festa, futebol, polícia;

Mil pessoas nas ladeiras,

Corredeiras de ingenuidade e malícia.

Gigantescas tabas, onde o sonho acaba em frustração.

Suntuosidades em desigualdade com a geral condição.

O desespero é latente, entre a euforia da multidão,

Nas coloridas e alegres praças, onde grassa a exploração.

Tudo que dá pra sentir é angústia e ansiedade;

Viver, pensando em fugir, sorrir, sumir, sair da cidade.

Grandes matadouros, onde manda o ouro e cresce a cobiça;

Poder em aclive, onde a força vive e morre a justiça.

nuno andrada
Enviado por nuno andrada em 04/05/2016
Código do texto: T5625114
Classificação de conteúdo: seguro