Enfim, liberdade

Pergaminho como escudo

A pena e a tinta

Como constante companhia

Assim se faz um artista?

Ou apenas se dá vazão

Liberdade e forma

A alma quase sempre oprimida?

Busca paz?

Calma?

Companhia?

Compreensão?

Ou apenas uma trégua

Em meio a toda alienação?

Entre o profano e o sacro

Entre o artista e a poesia

- Um se fará eterno-

Aos que não têm olhos

Para ver e compreender

Que apenas sinta

Que ao sentir...

Se liberte

Que no sentir...

Se desperte

E também dê razão

E também dê vazão

A sua alma

Que também reprimida

Que também oprimida

Clama por sua libertação

Certa vez um sábio

Um dia me disse

“ Quem tem alma

Artista já é! ”

Então porquê cala-la?

E em nós mesmos perdermos a fé?

O mundo clama por mudança

Os tempos não são favoráveis

Mas devemos dar uma chance

Uma oportunidade a liberdade

Se será notada...

Se será almejada...

Se será valorizada...

Já não sabemos, talvez

O importante é que

Nossa parte

A nossa alma

Agora tendo voz e forma

Já fez!

Foi o mesmo sábio

Por mim aqui citado

Que com outras palavras

Mas não menos sábias

Também me disse isso uma vez!

Ana G. Beatriz