Uma Segunda Chance

Sentei-me junto a cabeceira,

Ao som do badalar da meia-noite,

Tudo estava decidido,

Minha mente estava a mil:

Seria chegada a hora?

Deveria aguardar mais um pouco?

Por um instante,  todas as certezas esvaziavam-se uma pós outra...

E agora?

O único pensamento que tivera naquele momento era de que não  poderia continuar naquele submundo de sofrimento que tanto me definhava.

A sombra gelada concedeu-me uma trégua,

Aqueceu-me o coração  uma gota de esperança,

Mesmo debruçando-me em lágrimas involuntárias,

Ainda não  havia chegado ao fim da jornada,

Tinha um longo caminho a percorrer,

Muitas coisas a conquistar,

Muita vida para se viver.

Eu tinha que tentar mais uma vez,

Eu precisei dar-me uma segunda chance...