Sou ou estou(...)
Sou o esboço do desenho inacabado
Sou aquele desenho feito sem borrachas,
Traçado com linhas curvas e tortas,
Sem nenhuma projeção métrica.
Sou o vácuo do tempo no espaço
Sou a metamorfose interrompida
em seu ciclo inerente a vida.
Sou viajante errante na estrada solitária,
Os meus pés já estão calejados,
nem dor é capaz de se sentir
O silêncio é a única companhia suportável ao meus ouvidos
Estou farto do lirismo comedido
que sai da boca das pessoas,
Estou farto das noções de moral e bons costumes que não servem para nada.
Quero mesmo, a liberdade, o pensamento livre...
Viver sem pertencer a nada e a ninguém
Pois não somos feito para nada a não ser
Para eterna epifania do existir humano.