SEMI-PALAVRAS, E JOGA-TE

...Pule da janela...

Enfadado da Mendicidade

Em encontros pela vida pueril

Patas infectas por andar pela cidade

Humanidade, sempre foi um lugar hostil;

Demasiadamente,

Uma Húbris acomete-mo âmago

Pois todo fulgor renasce, refloresce

E quando a cintilação estabelece

Tudo por nascer manar-se-á;

Verter-se-á,

Em solitude o noturno

Em irrisório o glorioso

Será fúnebre o taciturno

E eloquente o tenebroso;

Pois,

"Irrisão ou dolorosa vergonha?"

Expira! Se tudo que inspira, conspira

Sou cão, morra sem ar, ele entorpece o homem

E não, tu não nascera, surgira.

Vezes!

Por todas minguará e encarquilhará

Não te cobre nunca pelo sono

Nem o espelho jus fará

De tua sombra e teu anjo.

Encara-te frio,

Definhando, enquanto há queda pela janela

Deteriorando, não adormece pela noite nem ao dia

Caindo, pelo oco silêncio da casa dela

Sim, com a alma no teto de agonia.

Se Fausto:

Descabelaria-se com o cheiro gorduroso das palavras

Hamlet misoneísta petrificar-se-ia com olho fundo

A. Caeiro abstrativo chamaria metafísico da letra à lavra

"Degenerescência" seria, se Zaratustra adentrasse o novo mundo.

Diá!

Não caia como da estátua à pedra

Tampouco da Necrópole de Gizé por areia

É risível sua queda, a maçã, Babel, Ícaro...

Cair é sólido, o resto é líquido, e vagueia...

Medianeira, pois,

Encatracado sujeito cujo olhar transpõe vidros e paredes

Arrebol não o toca na psique, na pele, no ventre

Esgueira-te na sombra da porta da mais sóbria solidão por não serdes

Estardes! Num pântano anoite elucubrando acima, abaixo, por entre...

Porquanto...

"Navegar é preciso; viver não é preciso."

Viver tem destino, Amar, não.

Ou...?.