A quem eu devo amar e respeitar?

Caminho na escuridão,

segundos sem razão,

Meu coração vem a menção

de outroras sem coesão

raspando meu chão,

fico sem lar ou poetização,

do amor que ontem passava no pão,

como recheio de cada manhã em ilusão

sigo com a simples e insensata alusão

ao teu lar que cortejo a cada lampejo

de amor neste humilde e singelo coeso

momento de apagão, do meu coração, gritar sem razão

amor nas trevas, já fiz minha reserva,

ao inferno vou nas esferas, de uma profunda conserva

de sangue e dor, no espaço e choro, de um momento remendo sem tempo

Feridas alheias passam a impercepção, de bons olhos sem visão

o meu eu somente assimila o que tento eu

você não existe, o amor desaparece, a paixão cresce no coração

não há mais coesão nesta auto-tortura, onde não vejo a Ashura

reflexão com amargura, o inferno na doçura, as trevas na criatura

pensando somente em si, não se vê mais a mim, está perto do fim

nós somos os outros e os outros somos nós

a visão não te deixa enxergar, quando o coração para de tilintar

o amor cego pelo desreipeito, a honra te enriquece sem medo

em algum lugar te encontrarei direito? minha doce dor no peito

que cisma em repetir acima de tudo, o meu amor insortudo

que clamei, que gritei, que apalpei, que chamei

porém, não encontrei

um amor onde pudesse me segurar, no desespero vejo um espelho, no meu lar

se eu pudesse algo segurar, ao amor enlouquecido e perdido

o dom de aos outros observar e interpretar, ou a honra de a si amar,

qual eu deveria pegar?

Gust
Enviado por Gust em 07/11/2015
Código do texto: T5440503
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