PASSOU

Passou

O que passou, passou.

Não há o que modificar:

Se o trem é o mesmo

Mude de vagão

A mesma viagem

No mesmo itinerário

Haverá de encontrar

Outra situação.

O ciclo não para

Deixe a viajem

Da contramão:

Retarda a jornada o desgaste,

Da fricção.

O caracol prepara

Sua própria morada

Em espiral

No seu ciclo natural.

O moinho mói o milho

No compasso do monjolo

Com espaços diferentes

Por serem dependentes,

Mas com precisão.

O ritmo consciente

Trás alegria,

Paixão

Uma explosão.

A maior sabedoria

É seguir a viajem

Sem nenhuma anomalia

No paradoxo da ebulição.

Belo Horizonte, 19/05/2013 – Atalir Ávila de Souza.

Atalir Ávila
Enviado por Atalir Ávila em 24/09/2015
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