REFLEXÃO MATUTINA

E de repente as flores perdem o seu viço...
Os olhos cansados, na face as marcas do tempo
E eu aqui viajando nessas letras piscantes nessa tela
Elas me dizem que o mundo lá fora hoje chora
E eu me pergunto quem será que o consolará?

Quem o consolou há mil anos? Talvez ninguém... 
Alvorada chega, crepúsculo desce e tudo tá estático
A mente da humanidade é intangível... 
A vida foi banalizada há muito tempo
E hoje o lema dos três mosqueteiros é utopia 
Agora é salve-se quem puder,  e as almas boas?

Ah! As almas boas continuam acreditando...
Continuam riscando o último palito de fósforo 
Pra iluminar aquele túnel e ainda verem esperança 

Os bons de coração ainda sonham com aquele mundo
Aquele mundo das canções dos românticos 
Aquele mundo dos sonhos dos meninos
Aquele mundo alegre que o poeta ama

Ah! Mundo eu queria tanto ser o teu detentor 
Faria de ti a mais linda poesia, uma poesia 
De paz, de amor ao meu irmão, de fraternidade

Uma poesia que tocasse no coração dos abastados
E que todos os homens maus e mesquinhos 
Renunciasse a tudo e finalmente...

Reinasse o amor maior,
O amor de Deus para conosco 
E de nós para com nossos semelhantes
Pois o sangue que corre em nossas veias  
É a maior prova de que somos todos irmãos!