Tarde Demais

Sinto a pele ressecada pela culpa,
as dores são iguais rachaduras na rocha.
Chagas abertas pela alma marcada,
sangram sem dó.
Doem tanto, escorrendo a dor pelas lágrimas.
Palavras mal ditas, maldizem meus dias,
para eu lembrar quem fui.
Lembranças recentes,
bendizem o amor precipitado,
pelo querer da felicidade encontrada.
Sonhos que ficaram em um futuro
devastado pelos erros.
Restos de galhos secos,
trazidos pelo vento da impotência
irracional de uma distância louca e faminta.
Luta entre o amor e a dor,
vou levando o futuro nas mãos,
tratando as chagas,
curando a alma possessiva,
bendizendo o amor revolucionário.
Amando pelas páginas da vida,
escritas pelo amor que cegou.
Quando chegar a calmaria,
estarei correndo pelo rios da paz,
com o mesmo amor aprendido,
o amor que querias amar.

- Eu sei, tarde demais!!