Grande medo

E no sonho ele era grande.
Acordei com tremores pois tinha diante de mim meus temores.
Mas nada foi tão esclarecedor quanto o sonho de horror.
Nele os rostos eram claros...
nele, a indiferença saltava-me aos olhos.
Por que queremos enxergar o que é falso?
No meu sonho a mentira se fez verdade.
Acho que foi por isso que acordei com tremores...
não queria ver o que era óbvio.
No meu sonho senti o que é desamparo.
Mas só pude perceber quando abri os olhos.
Foi aí que descobri que rezava...
não por medo, mas por amor.
Percebi que não me faltava nada...
eu tinha tudo, inclusive a mim mesmo.
Neste instante, pus-me de pé,
afinal, a cama é para sonhadores que não querem lutar.
Caminhei por um dia...
bateu-me a dúvida: quero continuar a luta ou dormir para sonhar?
Cruel. Aquilo que era enorme, no sonho de ontem,
tornou-se ainda maior no preâmbulo do sono de hoje:
mas fechar os olhos é preciso...
então volto a sonhar, mesmo que o MEDO seja gigante.
Fábio G Costa
Enviado por Fábio G Costa em 07/07/2015
Reeditado em 07/07/2015
Código do texto: T5302264
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