As muitas faces do mal

São máscaras, cápsulas insanas,
Que escondem ideias profanas,
Estão atrás das túnicas das religiões,
Amordaçadas e presas nas multidões.

Desde o velho querubim que caiu,
Até o pobre gentio senil,
Onde estão as dores do aborto,
Nas mazelas do homem "morto"?

Olhem nas brechas, nas telhas,
No fogo e nas centelhas,
A mentira faceira,
Brincadeira arteira.

A breve calamidade com uma criança,
Na quebra do sonho e da esperança,
Família que se desfaz, pobre casamento,
A dor tão atroz, imenso tormento.

É quando a máscara cai e desaba o choro,
Estridente e árduo agouro,
Então faces famintas, ébrias e sórdidas se mostram,
São as muitas faces "belas" do mal que agonizam.