Preconceito que contém

leia com atenção

pintado pelo mundo, ilustrado pelo submundo

eu vou seguir sendo uma voz

não serei mais o seu algoz

dentro de você, corre em suas veias

um sentimento pequeno e sujo

puro eu sou, assim como o sangue que açoitei-as

para os outros você deve olhar e veja cujo

o mundo é, a respeito além de um direito

não se deve corrigir o que certo está

religião, que segue sem sua bênção

cor, que pinta o mundo sem seu pudor

sexualidade, que não julga a honestidade

seja cordial, fiel e sempre a si mesmo, leal

pois assim como você está, no minuto seguinte, não estará

o mundo ao seu redor não gira nem sorteia

o privilegiado que irá à guerra sem sua meia

da sorte que contará aos filhos e família inteira

sobre a humildade que aqui neste mundo não o rodeia

seguindo pelo mutirão, não existe exatidão

neste mundo sem coesão, chamado de 'macaco' o 'negão'

sexo frágil, sexo ágil, cor que não perdoa a dor

sua consciência não tem transparência

pois ela é obscura e você segue com essa figura

de preconceito que não existe direito aos outros

seguindo um conceito torto, feito pelos loucos

exigido e eleito morto, cujo o certo tempo doutros

não fora o seu por agora, cuja a hora você não chora

a dor dos outros que são xingados, você penhora

quem eu sou? eu sou o que você jogou fora há muito tempo

pintado de branco e azul, vou até o seu banco no sul

colorido de verde e preto, caminho para ver-te de peito aberto

ilustrado pela dor de não querer aceitar, vou logo te enfeitar

de vermelho sangue vivo, tão quanto o preconceito que arde rico

dentro desta sua mente nefasta e pobre, vou por algo nobre

um presente que não é visto por religião alguma

um presente que não é visto por cor nenhuma

um presente que não é visto por sexualidade, a que se não se é só uma

um presente que não é dado por ninguém

e sim pelo espelho que você vê este alguém

no lugar do outro você irá se por

neste minuto, um insulto a se repor

no lugar de onde tirou, irá colocar a dor

e sentir em si algo que não existe

na visão de alguém que vê outro como ninguém

cavando a própria cova, irei retirar de sua veia

a dor que puseste na alheia, tirando então a areia

retiro seu túmulo que permeia um pensamento

que a vc não deve pertencer, mude seu sentimento

o espelho não está fora, e sim dentro

pobre inocente descontentamento, faça de si mesmo um talento

cobrindo os outros com o presente que te dei

siga com respeito aos outros pelo caminho do rei

que dentro de você existe, um ser de proezas e de lei

confere o presente que agora tem, uma esfera que nada contém

apenas o preconceito que agora mantém, na esfera presa também

veja agora como olhar aos outros como a si mesmo faz bem

evolua seus conceitos de tempos outrem, pois o agora não é ontem

veja como faz sentido tornar-se alguém melhor agora, eu repito

não faça pelos outros, foque no seu alguém

pois o que faz de verdade, aos outros bem

a si mesmo então, vai muito mais além

Gust
Enviado por Gust em 12/09/2014
Código do texto: T4958715
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.