Lados de uma selva
Olhe, eu vou lhe falar
O mundo está imundo nesta hora
Óleo para todo lado
Largo o maço de incêndio
Meu coração já não queima mais
Esta floresta está escassa demais
Vou ganhar uns trocados
Reservar um quarto neste local
Estando todos alagados
O choro continua a vir do céu
Não existe convés neste navio
Tristeza que completa a proeza
De um mar de fogo que incendeia
As dores dos outros que frustram
E continuam sem a proteção do véu
Farejo a queimada, um cão de caça
Ferimentos cinzentos, cicatrizes
Marcas de guerras as quais nunca lutei
Batalhas que já finquei, facas que matei
A alçada está grande, vejo a farsa
Seus sentimentos não o bloqueiam
Uma garça sem graça, um objetivo sem mérito
Um sentido falso, Um fruto amargo
Criança sem infância, mata a fé e o mito
De pensar que vive, tuas ações eu largo
Passos que feriram, vejo a tua mordida
Sua infame mente, doença demente, ferida
Um abraço todos precisam
Um traço todos necessitam
Limites faço, todos decidam
Um lago a queimar, uma flor a não brotar
Vamos! Escolha! As mãos damos! Recolha!
A faca que irá te ferir
Ou o céu que irá persuadir
Ou a nuvem que irá suprir
Ou o amor que irá aderir
Sua mente agora irá sucumbir
Escolha o lado que irá seguir
Aqueles que frustram ou aqueles que abraçam