Lados de uma selva

Olhe, eu vou lhe falar

O mundo está imundo nesta hora

Óleo para todo lado

Largo o maço de incêndio

Meu coração já não queima mais

Esta floresta está escassa demais

Vou ganhar uns trocados

Reservar um quarto neste local

Estando todos alagados

O choro continua a vir do céu

Não existe convés neste navio

Tristeza que completa a proeza

De um mar de fogo que incendeia

As dores dos outros que frustram

E continuam sem a proteção do véu

Farejo a queimada, um cão de caça

Ferimentos cinzentos, cicatrizes

Marcas de guerras as quais nunca lutei

Batalhas que já finquei, facas que matei

A alçada está grande, vejo a farsa

Seus sentimentos não o bloqueiam

Uma garça sem graça, um objetivo sem mérito

Um sentido falso, Um fruto amargo

Criança sem infância, mata a fé e o mito

De pensar que vive, tuas ações eu largo

Passos que feriram, vejo a tua mordida

Sua infame mente, doença demente, ferida

Um abraço todos precisam

Um traço todos necessitam

Limites faço, todos decidam

Um lago a queimar, uma flor a não brotar

Vamos! Escolha! As mãos damos! Recolha!

A faca que irá te ferir

Ou o céu que irá persuadir

Ou a nuvem que irá suprir

Ou o amor que irá aderir

Sua mente agora irá sucumbir

Escolha o lado que irá seguir

Aqueles que frustram ou aqueles que abraçam

Gust
Enviado por Gust em 30/08/2014
Código do texto: T4942584
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