Palestina e Israel
Guardando o meu abraço, vou formando este laço
através deste compasso, sigo e encorajo
rumores permanecem ao meu lado, atado, colado
vou seguindo este ato, nobre para um novato
enquanto que a este fato, uma rotina é como é olhado
A tristeza dos pobres, ofuscadas por nobres
se julgando culpados, por estarem agora atados
garantia de sobrevivência lhes dou na penitência
de estarem a um passo, cercados pelo aço
do sofrimento alheio, forjado por um espelho
Superioridade que se faz a partir da mediocridade
Altas patentes, todas inerentes, sujeitas a corrente
neste momento iminente, com armas nas mãos, nada é coerente
vivendo a vida dos outros, a cor do sangue doutros
se faz presente na guerra, que sem terra, corre sem espera
Facilitando a morte dos fracos, fico quieto com o meu frasco
observo a este mundo chuvoso, sem cor ele se torna doloroso
o desespero dos fortes se é contado no número de mortes
daqueles que ficaram no forte, cobrindo a própria sorte
sem nada a esperar, sem ar, sem mar, nada a lhes poder dar
apenas a mão e um ombro amigo, de um simples e antigo
mundo distorcido, sou apenas mais um companheiro do mundo vivido
ilusões que abrem as portas, chorosas e lacrimosas
arrancando a colheita a cada espreita na sombra estreita
ela segue sugando o bem de quem nem mesmo, nada mais tem
ei de olhar para o céu e rezar, encorajando cada vida
que me abrange tristeza sem luar, soldados sem sina
que vão à guerra sem fé de voltar, cada um para o seu lar
peço atenção de todos, quero tirar do lodo
a aflição que cobre cada guerreiro sem lobo
coragem que não existe mais, algo que não os trás
para um lugar que não há paz, digo a eles,
de forma nada sagaz, que sua terra não está perdida
mas que do coração de cada um, ela se faz prometida
ao povo que descansa somente na morte, não se há norte
o sol não se põe nem nasce, a inconformidade é que renasce
não se pode dizer que se faz parte, pois esta história não é arte
isto está muito além, soldados de Jerusalém
nada mais é fiel, somente a tragédia de Israel
corpos e corpos, esta é a sina. Vamos! Erga-se Palestina
uma batalha sem trégua, não há regra, crânios com legras
sangue derramado, confronto deturpado, nada destinado
apenas a morte de vítimas, entregues a própria sorte