Noturna

Sorrateira e decente
eis que ela chega como dominadora.
Toma-me pela memória
e sem deixar escapar o desejo que sinto,
conduz-me aos traços da minha história.

Perco horas em busca do nexo
que a noite pensante tirou-me outrora.
Sem vínculo me perco em pensamentos
que do início ao fim, não deixam provas.

Noturna a mente se torna
quando os sonhos constroem a vitória;
mas perdido em tantos pensamentos vãos
só a insônia é companheira da hora.

A música ecoa nos ouvidos
buscando o sono que chora;
meu inconsciente é força motora
de um tempo a princípio sem obras.

Noturna minha vida se torna,
na medida que a vida componho em prosa;
se me perco em pensamentos agora,
espero o sol que trará a aurora.
E belo como o céu límpido,
minha alma noturna não mais chora.
Fábio G Costa
Enviado por Fábio G Costa em 26/07/2014
Código do texto: T4897614
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