O verdadeiro eu
Eu? eu mesmo não sou mais eu!
O eu que eu deveria ter sido
Jamais teria sobrevivido;
Em um mundo repleto de pessoas intransigentes
Que regem esse mundo de maneira incongruente
Impossibilitando qualquer vestígio de racionalidade
Abraçando a estupidez e rejeitando a sagacidade
Aprendi com a vida a simular
E muito muito bem, se por acaso você me perguntar
Pode me julgar por nem sempre ser verdadeiro
Sou complacente o suficiente para ouvir ideais obsoletos
Os rótulos, eles não me completam
Mas adoto-os para assim por um fim em certas conversa
Ateu, cristão, socialista, comunista ou capitalista
Sou de tudo um pouco, mas também de um todo, um nada.
Se nós somos o que fazemos
Eu mudei, me transformei em algo novo
Porém se nós somos o que pensamos
Então continuo sendo o mesmo louco
Sou a personificação da dúvida
Ou até mesmo sua sofisticação
A nuvem do ceticismo me assombra
Sou o que tenho que ser
Sou o que você acha
O Alpha e o Ômega
O yin e ao mesmo tempo o yang
O desequilíbrio dos defeitos e qualidades
Afetam constantemente a minha personalidade
Ontem fui, hoje sou, amanhã não serei mais.