UMA JANELA


Apenas um papel em branco
Pra seu espanto
Trouxe-me a brisa de encontro
E com ela um pensamento santo
Dito na eloquência
De um vento manso...
Uma janela se abre
Atrai-me os olhos
Vejo nuvens e sufoco o pranto
Que não é de saudade
Mas de terno encanto
Que silente dança a dança
Da poesia que brota
De forma manifesta
Na contemplação da vida
Dos sentimentos nobres.
Permaneço no devir
Das grandes lembranças
Que balança a saudade
Que acorda sonhos
Desperta  planos...
A cada novo dia
Ao silencio me entrego
E nele me apego
Pois só nele vivo e me encontro
Gestando pensamentos
Parindo poesias.