MOSAICO
Tudo para;
E, quando cessam os movimentos
Perceptíveis
E a quietude estronda,
É quando eu sou eu mesmo.
A estática do dia-a-dia
Transtorna a estética
De minhas ondas cerebrais,
Interferindo na melodia
Dos meus pensamentos.
Então, mergulho no lago
Silencioso
De minhas idéias,
Numa sinfonia polifônica
Cujas notas desconheço.
E nesse encontro
Comigo mesmo,
Após exigir-me a lucidez
Que não encontro em minhas palavras,
Descanso.
E recomeçam os sons
Alienígenas;
E até que tudo pare novamente,
Acrescento alguns cacos ao mosaico
Do eu que se partiu dentro de mim.