MOSAICO

Tudo para;

E, quando cessam os movimentos

Perceptíveis

E a quietude estronda,

É quando eu sou eu mesmo.

A estática do dia-a-dia

Transtorna a estética

De minhas ondas cerebrais,

Interferindo na melodia

Dos meus pensamentos.

Então, mergulho no lago

Silencioso

De minhas idéias,

Numa sinfonia polifônica

Cujas notas desconheço.

E nesse encontro

Comigo mesmo,

Após exigir-me a lucidez

Que não encontro em minhas palavras,

Descanso.

E recomeçam os sons

Alienígenas;

E até que tudo pare novamente,

Acrescento alguns cacos ao mosaico

Do eu que se partiu dentro de mim.

Marcelo David
Enviado por Marcelo David em 02/10/2013
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