Trago-lhe flores
Acordei esta manhã
Resolvida a te arrebatar da incompreensão
Farei de novo esse amor vivo, amigo, real e leal
Reincorporarei sua alma ao meu coração.
O vazio em seus pensamentos, eu adivinho
E trago novas ideias que logo lhe povoarão.
Colhi as flores que plantamos pelo caminho
As que floresceram e as que não;
Trago-as em ramalhetes coloridos, as vivas
Com as mortas, adubei a terra,
Onde dormem sementes, que logo germinarão
E só então, cheguei em sua porta nessa manhã!
Cheia de flores, na esperança de espantar nossa solidão.
Esperei, esperei, esperei e esperei
A oportunidade de, novamente, segurar a sua mão.
Interfonei e esperei, esperei e esperei
Pedindo aos céus e a terra e a Deus, em oração
Povoada com os pensamentos onde plantei flores
A alma descansada pela paz do perdão.
Esperei, esperei, minutos que pareciam sem fim
Eram somente eu e as flores e a minha respiração.
E a alegria já querendo sair de mim
Pois já sabia, que novamente iria dar a minha à sua mão.