Trago-lhe flores

Acordei esta manhã

Resolvida a te arrebatar da incompreensão

Farei de novo esse amor vivo, amigo, real e leal

Reincorporarei sua alma ao meu coração.

O vazio em seus pensamentos, eu adivinho

E trago novas ideias que logo lhe povoarão.

Colhi as flores que plantamos pelo caminho

As que floresceram e as que não;

Trago-as em ramalhetes coloridos, as vivas

Com as mortas, adubei a terra,

Onde dormem sementes, que logo germinarão

E só então, cheguei em sua porta nessa manhã!

Cheia de flores, na esperança de espantar nossa solidão.

Esperei, esperei, esperei e esperei

A oportunidade de, novamente, segurar a sua mão.

Interfonei e esperei, esperei e esperei

Pedindo aos céus e a terra e a Deus, em oração

Povoada com os pensamentos onde plantei flores

A alma descansada pela paz do perdão.

Esperei, esperei, minutos que pareciam sem fim

Eram somente eu e as flores e a minha respiração.

E a alegria já querendo sair de mim

Pois já sabia, que novamente iria dar a minha à sua mão.

Andréia Borges
Enviado por Andréia Borges em 20/08/2018
Reeditado em 05/09/2018
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