O HOSPICIO DA MINHA CONSCIËNCIA

O hospício da minha consciência

Atolei-me neste hospício,

Para dizer que sou louca,

Mulher cheia de vício...

Cheia de você,

Tardios estão meus sentimentos,

Alucinação, coisas de momento...

Vontade de gritar dentro do meu silêncio,

É, o hospício da minha consciência... que fala!!!

Sinto-me falida, vencida, e apagada...

Nesta cor rubra e negra da vida,

Onde não há luzes que brilham,

A não ser a luz de dentro de mim,

Que se ascende no vácuo

Intranquilo da minha inocência,

Procuro amigos, e não vejo, nem ouço,

O som das suas palavras,

Procuro neste palco da vida,

Que se faz um hospício,

Alguém que não seja incrédulo,

Para falar comigo,

Não sei se sou louca,

Ou se as pessoas são realmente normais,

Sinto-me presa a uma camisa de forças,

Sinto-me atacada, por inimigos que não fiz,

Além de louca, vejo-me deserta,

Esquecida nas lembranças

Nas portas que deixei abertas...

E para não morrer só,

Mediante ao precipício desta solidão,

Procuro um louco que me erga as mãos,

Para que minha dor, seja amena...

Minha solidão pequena,

E para não sentir nem dó, nem saudade de mim...

Procuro um espelho,

Para que eu me veja melhor,

E de frente ao espelho, vejo o mundo ao redor,

Quem chora por mim?

Quem sentiria falta deste semblante acabado,

Deste ser tão derrotado,

A não ser , o louco deste hospício,

“ o hospício da minha consciência” ?...

alguém está a me espreitar,

sinto-me tocaiada,

e nenhum herói a me salvar,

ouço revelações de mim,

dos dias em que fui normal,

e que por ser tão normal,

terminei assim...

alucinada, pelas coisas que não conheci,

pelo amor que perdi,

ou que talvez, nunca existiu...

agora, que se dane o mundo,

vou adiante, deste hospício.

Para estudar o início da minha vida,

Deram-me choque,

Para que eu pudesse retornar a mim,

Esmagaram os sonhos meus,

Atropelaram até minhas outras vidas,

Deixei enlouquecer meu pisicólogo,

Que de mim fui eu mesma...

E no hospício da minha consciência,

Busco um sorriso de infância,

Mas, não me lembro que fui criança...

Busco um beijo da adolescência,

Mas, nem sei se um dias fui beijada,

Louca, mas, lúcida...

Aqui vou eu!!!!

Tentando estudar uma maneira

Bem simples...

De discernir se realmente sou louca,

“Ou se loucos, são meus julgadores” ..........

Del Dias
Enviado por Del Dias em 18/02/2008
Código do texto: T864745
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