Duas estranhas

Há pouco tempo atrás os olhares se procuravam no ônibus aos fins de tarde

Olhares que sorriam timidamente

Junto ao peito que prontamente se punha acelerado

Hoje os olhares fogem

Buscam quaisquer outras direções

Desde que não se encontrem

Duas estranhas novamente

Como se esses mesmos olhares nunca tivessem se esbarrado

Como se nunca tivessem se atravessado.

Nayanne Justiniano
Enviado por Nayanne Justiniano em 02/04/2024
Reeditado em 02/04/2024
Código do texto: T8033357
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