DISPLICÊNCIA DO SER (DESEJO)

Queria ser calor

Ser o fogo que dilata e arrebata

Ser o brilho e o ardor

Ser a flama da sandice insensata

A lamúria dos sentidos

Ter o brilho lapidado

E o frescor do ribeirão cortando a mata

Não queria ter a sede

Solitude de quem tem razão ingrata

Não queria ser a sede

Nem o caos que me apavora e me desata

Queria o ápice - apoteose dos delírios

A paixão que aprisiona em meio a lava

Queria ser voraz, na perda dos sentidos

Abismo-temporal me arrasta para o fogo

Ser sangue incendiário

Loucura de viver querendo nada

Pela síndrome da febre extasiada

E mergulhar de vez...

Talvez...

3101241530

Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 31/01/2024
Reeditado em 31/01/2024
Código do texto: T7989281
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