Transcrição II

Nesse ano, me entendi tão frágil

Incapaz de sentir solitude, pois, embargado em solidão, me afoguei nos desejos de minha mente.

Sentindo cada raio de sol entre as frestas do coração

Uma dor incalculável, uma sede interminável, ignorando a efemeridade da vida

Partindo em qualquer partida

De estação em estação

Nos vagos vagões da negação.

Tentei ser eu, entender cada sentimento, mas por engano ou auto proteção, vesti aquilo que me coube, pois parecia mais dócil.

As facilidades e beijos tolos nos cercam até o risco da aurora

Contudo, o mundo sobrepõe as suas próprias falsidades.

As majestades já não se suportam

Encabulados correm os espantalhos entre as plantações

Enganados por um mágico que não veio

Oz se torna tão distante

A imaginação das esmeraldas

É mais vira-lata que o próprio boneco

Enganos nos cercam

E enraizam desejos

Mas nada que um furacão não resolva

O universo nos da um furacão para que também haja renovação.

Ronaldo Crispim
Enviado por Ronaldo Crispim em 15/09/2023
Código do texto: T7885920
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