Orçamento amoroso

Nunca adiantou o que foi pouco.

Mas o muito sempre passou da conta.

As medidas nem sempre se acertam,

na hora em que os calos apertam,

a preocupação sempre aponta.

O que fazer com o que tem,

como dispor do que falta.

A vida anda meio estranha,

a cada dia mais tacanha,

segue resumida e inacuta.

Quando um mais um eram dois,

e juntos tudo resolviam,

era porque ambos queriam,

e não porque eram obrigados.

E se nada mais pode dar certo,

o que mais se quer ver por perto,

são contas bancárias conjuntas

e orçamentos conjugados.

EDOARDO VILLAR
Enviado por EDOARDO VILLAR em 01/04/2023
Código do texto: T7754229
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