SONHOS

 

Quando criança, queria ser bailarina,

 

igual à da caixinha de música.

 

Sonhava em ter sua saia de renda,

 

a mesma fita no cabelo,

 

seu perfil delicado.

 

Desejava aprender o seu bailado.

 

A caixinha quebrou

 

a bailarina, nunca mais dançou.

 

Esses sonhos perderam-se na infância,

 

substituídos por outros, à medida em que eu crescia.

 

Não virei bailarina, não vivo de dança.

 

Crio, na tessitura dos versos e na rima das estrofes,

 

a minha música e a minha valsa. Faço poesia.