Como eu queria

Quando a noite chega e sua mente repousa

Viajando em pensamentos tão distantes

No relicário dos teus sonhos reluzentes

E traceja os teus versos cintilantes

O que será? (pergunto eu) que há aí dentro

Deste coração e mente tão inquietos

O que será que inspira tua alma?

O que torna teu verso por fim completo?

Motivos vários temos, sim , eu sei

Também sendo poeta, coisas me inspiram

Mas essa tua magia, tão serena

É coisa que os olhos meus ainda não viram

Nem sequer enfeito meu vocábulario

Por que é tão íntimo esse meu poema

Tiraste o meu tão antigo sudário

Concedeu a este poeta nova pena

Ah, menina que de lânguidez se forma

Flor rara que brotou em meu recanto

Qual é o teu fanal, oh joia bela?

Que sonhos hoje servem-lhe de manto?

Quisera ( e sei que é muita ousadia)

Ser eu inspiração para um teu verso

Poder sonhar tal qual na vez primeira

Sem ter o coração hoje disperso

Triste coisa é cerrar os olhos

Aprisionar-se em meio a tempestade

Na caixa de Pandora ter abrigo

Sofrer com tamanha deslealdade

E assim lacrar com selo "Proibido"

As portas de um frágil coração

E ver-se hoje como que despido

Por versos que tocaram-me a mão

E a cada dia mais buscando abrigo

No verso teu, que sempre ao meu chama

E poesia outra vez em mim já brota

E a rima pede sempre teu nome _______

Moisés Lopes
Enviado por Moisés Lopes em 14/08/2021
Reeditado em 14/08/2021
Código do texto: T7320972
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