A Ética e a Estética
Diante do incomum sujeito de feiúra
A quem, aquém da beleza aceitável, se veja
Diante de algum efeito de ternura
Há quem, além da nobreza palpável, proteja
O desafeto do estético desajeitado
Que injustiçado se sente até ao respirar
Pelo afeto do ético admirado
É estimulado a, pra dentro, sempre olhar
De quem é a culpa por ser quem se é?
Do ponto de vista da forma, exótico
E de quem é o mérito daquele que é?
Do ponto de vista da ética, empático
A ética excede qualquer apreciação visual
Enquanto que a estética é mero luxo
A estética ascende qualquer paixão carnal
Enquanto não nos faz sentir como lixo.