Mar Revolto
Mar revolto que se revolta
Contra a falsa calmaria existente
Na profundeza do oceano
Que jaz dentro de mim.
Não sentes pena dessa pobre gaivota
Que mesmo cansada,
Luta contra a fraqueza de suas frágeis asas?
Sem êxito, voa aflita,
Já não enxerga terra firme.
Mar revolto que me revolta,
Rogo-lhe compaixão:
- Pare de me flagelar!
Tenha piedade desse pobre ser padecido,
Que se afogou no pseudocontentamento,
De uma infeliz solidão.