MARÉS REVOLTAS

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Não digas nada! Nem mesmo a verdade.

Há tanta suavidade em nada se dizer

E tudo se entender

(Fernando Pessoa)

MARÉS REVOLTAS

E...

Entre a terra e o céu,

entre o salto e a queda,

entre o subir e descer,

entre o sol e a chuva,

entre a inspiração e a expiração

entre o bem e o mal,

entre a alegria e a tristeza,

entre a comédia e a tragédia,

entre o acordar e o adormecer...

Entre a segurança e a insegurança,

entre a coragem e o medo,

entre caminhos e descaminhos,

entre encontros e desencontros,

entre a euforia do voo e o desalento da queda,

entre um sorriso e uma lágrima,

entre a noite e o dia,

entre a prosa e a poesia...

...Haverá sempre um mar aberto

Onde a vida acontece.

E... Se o vento aponta eu vou!

Não será dentro do fechado convés

que o coração atravessa

que perderei a melhor das vistas:

são as marés revoltas

que dão beleza aos oceanos!

Que importa a rota?

Ao atravessar mares tempestuosos,

jamais duvidei do meu barco.

Voarei e cantarei enquanto resistirem

as já cansadas asas.

E nesse jardim de imensidade

quero apenas ser gota suspensa

no azul do céu...

...Entre a euforia do voo e o desalento da queda,

entre um sorriso e uma lágrima,

entre a noite e o dia,

entre a prosa e a poesia...

Ana Flor do Lácio

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 10/09/2018
Código do texto: T6444547
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