Coração que Bate
Meu coração bate feito tambor.
Eu sou a minha zabumba do meu carnaval.
Eu sou o meu triângulo, ou o parente irmão da sanfona.
Eu sou a minha alegria, depois do sol se por.
Sou o vampiro que contagia, nos ritmos eletrizantes,
mesclados nas vozes dos contaminados.
Sou a inveja dos olhos verdes, nas igrejas de cada fé.
Das festas de natal, carnaval e maculelé, axés,
samba de coco e a capoeira.
Sou a poeira da saudades, das lembranças de um dia inesquecível.
Meu coração sofre quando não bate de igual intensidade com os meus sentimentos ou os sonhos de vencer o mal desses olhos que de fel são expelidos sem querer magoar o amigo, ou o irmão.
Meu coração ainda bate.
Tum, tum, tum...
De Orlando Oliveira.
Escrito em 9 de dezembro de 2017.