Alheio em meio ao tempo

Procuro aliviar a dor, em meio a angústia

Contra os marasmos e a depressão filha da puta, que me afunda

Vou sair fora, pra dar uma volta, né

Pra ver se alivia todo esse sentimento de revolta

Nadar sem remo, contra a maré

Pagar pelos seus pecados e mesmo assim, manter a sua fé

Não importa quem, e nem de onde é

Mas faça valer a pena, enquanto você puder

A carne que almeja, o corpo que anseia

Me faz me sentir mais vazio do que as lata de breja

A mente que deseja, pede o conhecimento

Murmura na sua cabeça, são diversos pensamentos

Quero me salvar, e por nisso um fim

Passar a acreditar e também a confiar em mim

Sem sombra na vida, achar a minha paz

Não preciso de mais gente me falando que não sou capaz

Sei que posso, e serei mais!

Graças aos Racionais

Mesmo que ainda sejam, incompreendidos pelos nossos pais

Caminhando de cabeça baixa, com a garoa na cabeça

E os pensamentos atordoados, mais pesados que marreta

Fixo, na memória, me vem logo aquela imagem

Incrível como palavras, marcam como tatuagens

Agora me diga nessa vida, quem aqui não se perdeu?

Após o abandono, o talento floresceu

Isso me fez sonhar, poder de ficar mais leve

Tudo ganha graça, quando pro papel você transfere

O sentimento acumulado, que anda te perturbando

Várias fita na cabeça, e as conta acumulando

Lutar pelos seus mano, matar todos racistas

Para que não sejamos mais, vitimas da policia

E o coração aperta, a cada nova despedida

Não dá nem pra contar, quantas veiz morri em vida

Se cada linha bruta, é um sentimento agoniado

Uma bola de ressentimentos, descendo por ladeira abaixo

Já pensei em parar de pensar, e desisti

Odeio confessar, mas ainda não te esqueci

Pai, olha por mim, nos salve também

Só me deixe me preocupar, com quem quer o meu bem

Sigo só e digo amém, disposto para o que vem

Me empreste seus ouvidos, já não aguento ser refém

Juan JCP
Enviado por Juan JCP em 10/11/2017
Reeditado em 10/11/2017
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