Desequilíbrios

Dói a cabeça

passos na pele

atritos sem tréguas

peso nos olhos

e o tempo passa

silencioso e sem cor

Turbulências

raízes que se movem

destruindo os meus cimentos

Desequilíbrios...

Desfilo carregando estátuas

da minha forma de gesso

sobre a corda fina da alvorada

No canto de mim

a árvore escura

As corujas da dor

se vestem de murmúrios

E no hiato entre o silêncio e a fala

todas as auroras permanecem

recheadas de surpresas...

Vânia de Magalhães
Enviado por Vânia de Magalhães em 19/07/2017
Código do texto: T6058944
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