Desequilíbrios
Dói a cabeça
passos na pele
atritos sem tréguas
peso nos olhos
e o tempo passa
silencioso e sem cor
Turbulências
raízes que se movem
destruindo os meus cimentos
Desequilíbrios...
Desfilo carregando estátuas
da minha forma de gesso
sobre a corda fina da alvorada
No canto de mim
a árvore escura
As corujas da dor
se vestem de murmúrios
E no hiato entre o silêncio e a fala
todas as auroras permanecem
recheadas de surpresas...