POESIA E PÓ

Exteriorização do orgasmo sentimental,

Do significado e da imagem

Dos humanos, animais, natureza

E de tudo o que os olhos podem ver.

Sígne e brisa fala de valor,

Da vida, da morte e do amor.

Linguagem inédita do espírito

Que interrompe o silêncio por escrito.

Quantos poemas são conhecidos!

Alguns poetas, esquecidos,

Como esquecidos são os animais,

A natureza e o que os olhos podem ver.

Porque o homem a que imaginamos

Não mais se lembra da poesia real,

Romântica, simbólica ou parnasiana

Esculpida da arte e da rima irretorquível.

O homem, pobre coitado!

Lembra-se apenas da poesia mortal.

Este registro da imagem de um mundo

De violências, de guerras, de fome...

Mundo imundo que o transforma

Em um ser violento, guerreiro, faminto;

Em Pó e não PoETA.

ANGELLY BERNARDO
Enviado por ANGELLY BERNARDO em 05/07/2017
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