Ensaio sobre a lógica de Zadeh
A matemática,
Moça ousada,
Entrou na minha
Cabeça
E veio com aquela história
De meter.
Veio com a metalógica
Me dizer
Que semântica nada tem
De concreto.
Mas veja!
A rainha da abstração
Propondo sintaxe pra todo mundo ver.
A matemática quer ter mais expressividade!
Por enquanto, depende do sujeito.
Quando fuzzyfica
Deixa
Esse drama de ser
Ou 8 ou 80.
Muita treta!
Mas veja!
Não é um fio a menos na cabeça
Que faz uma pessoa careca.
Não é uma gota ausente
Que faz a coisa ficar seca.
- A menos que seja o final!
Afinal, nos extremos voltamos a ser
A clássica cabeça aristotélica.
Descrever o impreciso,
Sentenciar a rede neural,
Entender a tomada de decisão
Pra alcançar automação.
Essa moça vai ficar mais gorda
A fim de chegar na emancipação!
No meio do processo assume
Conjunção e negação:
Prerrequisitos autosuficientes
Pra sua nova formação!
Reforma ortográfica,
Renovação matemática...
A mente propõe
União.
E pra modelar esse momento
Eu te pergunto com gozação,
Me diz: onde é que termina a poesia
E começa a matemática dessa relação?