Jardins

Andarilhei nos teus jardins

Terra que ninguém anda.

Enveredei nesse confim.

Te encontrei na varanda.

Redescobri tua em beleza.

Na valsa das borboletas

No vermelho das roseiras.

Na polidez das alamandas.

Vi casarem os passarinhos

Com o gorjeio, burburinho

Com a lágrima do lírio

Com o charme das primaveras.

Colhes vívida estação.

No broto das violetas.

E deitada à relva, no chão.

És pouso das borboletas.

E admiram-se as hortênsias.

Pelo silêncio impoluto reservado.

Que são à um coração despedaçado.

Um retrato de vivências.

Só quem ja amou uma flor.

Tem na lembrança os espinhos.

E a esse particular amor.

Fala o canto dos passarinhos.

E aprecia jardins enfeitados.

Moldura de tantas cores.

E pelos sentimentos pintados.

Tem ciumes de seus amores.

As flores do jardim são o restante.

De um vassalo amor no meu peito.

Que retratando os sonhos de antes.

Entre cepas, espinhos e instantes.

São a dor que carrego do meu jeito.

Glauco Medeiros
Enviado por Glauco Medeiros em 08/02/2017
Reeditado em 04/08/2019
Código do texto: T5906789
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