S O L F E J A N  D O    A    S O L I D Â O



O que fazer com a solidão?
Dedilhá-la em música?
Cantá-la em versos?
Debulhá-la em lágrimas?
A solidão que
Já não é mais companhia...
Que não traz mais inspiração...
O frio regado à gelo
No cálice do inverno...
A escuridão da noite
Vazia de estrelas...
O sonho sem castelos...
Quisera ter uma janela
Que abrisse inteira para a vida
Eu chamaria aqueles
Que se emocionam...
Que gostam do simples
E do belo
Que amam poesias e livros
Para esperar comigo
O dia amanhecer.


SOL-i- D(ã)O



Yeyé



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Magistral Soneto, escrito pelo Nobre Poeta
FERNANDO CUNHA LIMA


SOLFEJANDO SOLIDÃO
 
Solfejando solidão, canto saudade.
Enquanto só, margeio teu encanto,
Se esta saudade me encher de pranto,
Causa a solidão que me invade.
 
Solfejo a solidão isto é verdade,
Por ver-me só me cubro de espanto,
No canto da saudade me alevanto
E me descubro nesta ansiedade.
 
Mas este eterno solfejar vazio,
De fato, é um estranho murmurio,
Um assovio transformado em canto.
 
Então passando o dia a solfejar,
Mato a saudade que já quer chegar,
Ao afastá-la longe para um canto.


Obrigada MESTRE
É uma honra tua presença
na minha escrivaninha




 
 
 
 
 








Imagem- Internet












 
 





 
Yeyé Braga
Enviado por Yeyé Braga em 04/02/2017
Reeditado em 12/04/2017
Código do texto: T5902075
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