Frágil cotidiano

Estou triste, mas não o suficiente

Me perdoe por todo drama

Estou alegre, mas não sorridente

Não quero orar ao pé da cama

Minha máscara está lascada

Eu deveria consertar-lá

Minha fantasia está rasgada

Mas eu não quero costura-lá

Meu espelho está rachado

Vejo meu reflexo embaçado

Em pequenos pedaços quebrados

Mamãe está na sala

Assistindo um tagarela de terno

Ele se diz um homem humilde

Ele disse que todos vão pro inferno.

Papai foi trabalhar

Para poder acabar com seu tédio

Ele não pode parar

Mesmo que não consiga mais se sustentar

Meu irmão não sai de sua fortaleza

Gostaria de contar-lhe um segredo

Mas aquilo que me liberta

Também me causa medo

Peguei uma tesoura

Pensei em cortar minhas asas

Mas decidi tentar voar

Talvez um dia encontre meu lugar.

Apenas me divertir

Indo ao encontro de confusão

Procurar algum motivo pra sorrir.

Ou apenas mais uma distração.

Regiane Abelha
Enviado por Regiane Abelha em 29/01/2017
Reeditado em 21/05/2017
Código do texto: T5896809
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