Moribundo de um futuro corriqueiro

Eu não o vejo mais perto,

Longe, conspirando lutas vãs, cego e inquieto,

Distante o devaneio alheio,

Nada vê, nada apalpa, moribundo de um futuro corriqueiro.

Triste fim,

A vida terminar assim,

Mas o que? Ela afinal começou? Não? Sim?

O existir a morrer, triste fim, não desejo isso a mim.

Nascer, ir, crescer, viver,

Enxergar, rir, chorar, amar,

Destarte então, morrer, soterrado, apodrecer?

Se assim for, qual o sentido do existir, não posso acreditar!

Vai dizer o desacreditado em tudo,

Não valer a pena a fé nem agora e nem em qualquer momento,

Pois fé no intocável? No invisível? A fé é um absurdo!

Enquanto diz o sábio: tu pensas, mesmo não tocando e nem vendo um pensamento.

Magé-RJ, 22/11/2016 às 01:02