Oscilo
Oscilo,
do branco ao preto, de são ao medo,
mas não me bebo, pois desespero nego,
vejo, ódio e amor, perdão e rancor,
se supre o desejo à sua dor
és mais um leigo, que esconde a pele com a flor.
Pobre senhor, de si fez mais um caluniador,
que se angustiará na busca de balancear o temor
da corrente que por vezes não flui a seu favor,
goze do alto, goze do baixo, aceite a dor.
Seriedade na alegria, você sabia?
da folia fez-se a cor e da bobagem um riso aflorou,
besteiras avulsas eu sei, beba da inocência, beba do amor,
oscilo.