Dias escuros

O capitalismo desenfreado faz sangrar

Nessa época de crise

Causada pela ganância e incompetêcia alheia

O proletariado chora

A fria e escura lâmina

Passa na linha de produção

Passa no escritório

Passa na comércio

Do mais alto

Ao mais simples

Cada dia que passa a foice

Ela faz mais uma vítima

O coração é arrancado violentamente

Como antiga águia de sangue

E no lugar é posto máquina fria de bombear

Aço inoxidável, que entende apenas retorno

Que apenas faz sentido o lucro

Sorrisos se tornam mais fechados

Pra que se preocupar? Apenas trabalhe

Enquanto lutamos para sobreviver

E manter-nos no mínimo aceitável

Os magnatas rolam

Os governantes gargalham

Estamos em dias escuros

Porque arrancaram fora mais um coração

Edu Campagnolo
Enviado por Edu Campagnolo em 26/10/2016
Código do texto: T5803619
Classificação de conteúdo: seguro