O meu para sempre é um talvez.

Ainda que eu lutasse contra a correnteza, talvez bobo seria.

Quando se chora, implora, tudo sufoca, desbota.

O amor é lindo! Quando cultivado, regado e muito bem cuidado.

Se for ao contrario, tudo desanda, machuca e entristece.

Com tudo volto a dizer, serei um bobo, se contra o vento resolver correr. Sim, talvez porque eu chorei e não consegui regar o amor.

Talvez já sou um bobo, um louco. Querer algo improvável, apenas por desejo da mente.

Esperar de mais, beijar e tocar de menos. Tudo foi rápido, desesperado, nada pensado.

Eu chorei, gritei e não, ainda não me acalmei. Meu coração é desesperado, mal amado, sou uma espécie de arvore, quando querem me regam , quando esquecem eu seco, entre umas e outras metáforas, eu no banco de uma praça, tento escrever entre linhas... Talvez eu não tenha muita escolha.

São tantos ‘talvez’ que já nem lembro a ultima vez que me regaram. Por isso estou seco, sem alma e sem calma, talvez esse é meu destino, algo que eu não pude escolher.

Sentado ainda estou, a espera de um amor, de um calor.

Preciso que me reguem, só assim irei me levantar, porque, já não tenho pernas, tampouco tenho vontade.

Talvez eu precise apenas de um, dois, até três talvez, dois talvez e outra vez um talvez...

Eu nem sei do que preciso.

Talvez, bom, talvez eu nem saiba quem sou.

Luan Andrade de Jesus
Enviado por Luan Andrade de Jesus em 04/05/2016
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