Compasso De Um Tempo

Compasso De Um Tempo

No encontro sombrio das coxias

Palavras frias e gestos sincronizados.

A música acompanha o monólogo

Blues na encruzilhada da raiz...

Compreendo que minha embriaguez

Era muito mais a falta, covarde

Da sensatez... O olho do furacão.

Som grave do trovão

Tempestade no mar de palavras solta

Emoção tímida nas noites perdidas.

Atua na mente a enlevação

Sentimentos que necessitam

Fecundar momentos únicos.

Destino é sonho bobo de menino

Somos grandes e capazes

Fortes e arrojados na vontade do Ser...

Apaga-se as luzes da ribalta

Sem aplausos, apenas a sua falta.

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Fernando Matos
Enviado por Fernando Matos em 01/05/2016
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