O Teatro das Palavras

Num teatro da mente de um poeta

As palavras encenam uma poesia

Cada palavra se une a outra

E juntas contracenam com um verso

A caneta do poeta é o contrarregra

Os espaços entre as estrofes são as cortinas que se fecham

E o começo de outra copla é o abrir das cortinas para um novo ato

Ao fundo do teatro, outras palavras entram em cena

E encantam a todos ao rimarem perfeitamente com as palavras de outro verso

Fazendo de cada estrofe um pequeno universo!

No ritmo da poesia cada palavra inventa uma dança

Fazendo bailar também o coração do poeta

Juntas, pequenas orações encenam grandes sentimentos

Iluminados pelo lirismo da poesia

Até que o poeta, ao se dar por satisfeito, retira a caneta do papel

Fechando a cortina do palco

Dando fim ao último ato do teatro das palavras

Assim se dá a poesia

Um teatro que termina após ter sido escrito

Mas que recomeça sempre que é lido

Por quem aprendeu a enxergar com os olhos do coração!

E a entender com a mente da alma!

Raphael Sales
Enviado por Raphael Sales em 20/03/2015
Reeditado em 21/03/2015
Código do texto: T5177073
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