ETERNOS APRENDIZES

Aqui somos todos eternos

Fragmentos e aprendizes,

Jamais completamente felizes

Da primavera ao inverno.

São nossas curiosidades

as velas dos nossos barcos

Jamais nos sentiremos fartos,

Tem-se sede de verdade.

O quebra cabeças não se junta

Nem toda vontade é concebida,

Mas talvez quem da gosto a vida

Não seja a resposta, mas a pergunta.

Quantos doutores e pós

Buscam incessantemente

Em suas mentes inteligentes

Em certos pontos darem nós.

Nos retalhos dão costuras

Mas quase tudo é hipótese,

Em cada linha das estrofes

Tentam entender as conjunturas.

Quantas buscas por respostas

Investidas em nosso passado

Quantos cacos espalhados

Quantas vitórias e derrotas.

O passado é irreprodutível

E a verdade, talvez nem exista,

E por mais que a humanidade se iluda e insista

Não há fato indiscutível.

Cléo Medeiros
Enviado por Cléo Medeiros em 08/12/2014
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