ETERNOS APRENDIZES
Aqui somos todos eternos
Fragmentos e aprendizes,
Jamais completamente felizes
Da primavera ao inverno.
São nossas curiosidades
as velas dos nossos barcos
Jamais nos sentiremos fartos,
Tem-se sede de verdade.
O quebra cabeças não se junta
Nem toda vontade é concebida,
Mas talvez quem da gosto a vida
Não seja a resposta, mas a pergunta.
Quantos doutores e pós
Buscam incessantemente
Em suas mentes inteligentes
Em certos pontos darem nós.
Nos retalhos dão costuras
Mas quase tudo é hipótese,
Em cada linha das estrofes
Tentam entender as conjunturas.
Quantas buscas por respostas
Investidas em nosso passado
Quantos cacos espalhados
Quantas vitórias e derrotas.
O passado é irreprodutível
E a verdade, talvez nem exista,
E por mais que a humanidade se iluda e insista
Não há fato indiscutível.